sábado, 26 de setembro de 2009

Reflexo

Sem justa causa.
Por capricho mesmo.
Sem retilíneos movimentos.
É assim que ela ama os seus amores.
Mas tudo vem de forma tão livre.
E não tem medida.
Ora sente-se derrotada...
Ora sente como se tivesse enfim se descoberto e compreendido.
Fica a chuva fina, a ventania e as trovoadas
Deixa pelo caminho alguns pedaços.
Que expressam sua dor, sua intensidade, seu amor.
Segue sem controle.
Nem ouve mais, tudo são rumores.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Angústias primaveris

Acordada de olhos fechados no silêncio da madrugada.
Confusa e entorpecida pelo cheiro de flor que surgia não sabia de onde.
Os pensamentos e os sonhos se misturavam.
A postura por segundos era invertida.
E quando vira, já era dia de novo.
A primavera trazia a ânsia por vida.
Não podia mais ficar ali, entristecida.
Decidira então jogar os cacos para o alto e reconstruir-se.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sem sinal

Onze horas de uma manhã de sexta-feira chuvosa.
Se mágica existisse, conseguiria escapar da rotina diária dos mesmos insistentes desejos.
A lua não tem aparecido.
E algumas circunstâncias a deixam prestes a tomar decisões impulsivas.
Nem a primeira, nem a última.
Ela deixa voar e quer, pelo menos por instantes, olvidar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Coisas de borboleta...

Havia coisas que nem ela própria conseguia acreditar.

Beliscava-se, cutucava-se durante os referidos acontecimentos.

Os segundos que ficou sozinha no ambiente, não aguentou e algumas lágrimas chorou.

Eram fortes, mornas e salgadas.

Precisou recompor-se rapidamente.

Estava tão confusa sua mente.

A borboleta acompanhava tudo.

E era personagem da música doce que cantarolava.

Assim mais um capítulo escreviam.

Quanto mais viviam, mais se envolviam.

E os fatos já se confundiam.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Suposições na penumbra

Se deixasse ainda mais claro.
Se mensurasse a amplitude daqueles momentos.
Se jurasse que não é apenas uma cena.
Se enfim pudesse provar que tinha agora uma força exímia.
É claro que ainda assim não se faria compreender...

sábado, 5 de setembro de 2009

Das razões e emoções

A luz da lua refletia no chão do apartamento. Atirada nas almofadas apenas vagava. As palavras ecoavam na mente e ela já não mais dominava seus pensamentos. Surgiam impulsos de pular, correr e gritar, sair por aí sem destino. Não cabia em si e não tinha freio que a segurasse.

Às vezes parecia uma miragem. Tudo era então diferente, parecia eterno de tão intenso e cada palavra tinha um sentido forte. Estava imbuída de um desejo de revolucionar. Mas permanecia fiel as suas novas grandes convicções.

Nem podia acompanhar as revoluções de sua própria mente. Arquitetava muitos vôos e acreditava piamente que a força de seu pensamento e a vontade que por horas parecia um tormento, lhe levariam para longe, para onde a concretização de seus sonhos se daria. Na memória carregava as emoções vividas e rebuscadas. Tinha o amor e a sede de chegar lá.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ilha de questionamentos


O existencialismo tem permeado sua mente.

A angústia de viver e a inquietação perante as situações com que a vida a confronta, pulsa.

E a incompreensão dos sonhos noturnos provoca reflexões jamais conhecidas.

Talvez ainda esteja surpreendida com seu próprio novo jeito de ser: inconstante.

Mas algumas coisas não mudam.

E é hora de sentir o que o tempo é capaz de fazer.